Uma das formas mais eficazes de viver o dia a dia, especialmente quando se está em dificuldades emocionais, é ocupar a mente. Aprender novas habilidades, que ajudem você a se desenvolver nos âmbitos pessoal e profissional, é altamente positivo, pois preenche um espaço da vida que poderia estar sendo ocupado por dezenas de pensamentos confusos que apenas colaboram para a piora emocional do indivíduo. Todavia, muitas pessoas acabam não se dedicando a nada novo, encontrando muita dificuldade em começar – o que é compreensível quando se está em um momento difícil da vida -, pois acreditam que precisam ser totalmente originais, se esquecendo de como nos movemos desde o princípio do nosso desenvolvimento infantil: imitando.
As pessoas, desde bebês, aprendem por meio da imitação. Eles observam as pessoas e tentam reproduzir ações básicas, começam a tentar pronunciar sons, a andar, e assim vão se desenvolvendo. Na fase escolar, para aprender a ler e escrever, começam a tentar reproduzir o que a professora ensinou. Quando iniciam sua vida profissional, fazem de acordo com a orientação dos chefes e conforme observam outros colegas de trabalho desempenhando as funções. Na faculdade, aprende-se conceitos que muitas outras pessoas desenvolveram ao longo de muito tempo, para depois aplicar aquele conhecimento em nível profissional. Tudo, de certa forma, é imitação.
Há grandes motivos que limitam os movimentos das pessoas quando falamos em reproduzir algo: o primeiro é a banalização do conceito de plágio, já o segundo é uma necessidade de originalidade. Vamos abordar cada um deles:
Plágio: plagiar algo é pegar algo que alguém criou, ou trechos disso, e se dizer autor daquilo. Já se você tentar compreender o processo criativo daquela pessoa e usar o mesmo processo para criar algo, não é um plágio. Utilizar o mesmo processo é o que muitos chamam de “se inspirar” ou ter como “referência”.
Originalidade: aqui entra o motivo de eu usar, nesse artigo, as expressões com aspas: pouca coisa é realmente original. Para tudo o que fazemos, provavelmente há uma base que a sustenta. Um músico, por mais original que seja, usa toda a base de conhecimento musical já estabelecida, ele estudou isso. Um ator, por melhor que seja sua atuação, usa de técnicas conhecidas no meio da atuação. O que diferem as pessoas chamadas de originais é que elas conseguem imprimir uma grande personalidade às suas obras. Mas todas elas usam de uma base de conhecimento já consolidada.
Para o ansioso, ocupar a cabeça é fundamental. Escolher uma atividade e começa-lá, vai ajudar imensamente no processo para que essa pessoa se sinta melhor. A melhor forma de começar, é tomando como ponto de partida o conhecimento de alguém.
Hoje em dia há diversos conteúdos na internet que ensinam a fazer várias coisas, desde artesanato até programação de software, por exemplo. Tudo de graça e podendo ser acessado a qualquer momento. Em uma rápida busca no youtube, é possível encontrar uma quase infinidade de conteúdo.
Quando você ocupa a sua mente, os pensamentos ansiosos tendem a diminuir com o tempo. É lógico que apenas ocupar a mente não lança fora a angústia de uma hora para outra. Dependendo de como o indivíduo está, e os motivos que causam a agitação, ela continuará pensando naquilo mesmo ocupando a mente, entretanto, tende a diminuir a constância de pensamentos angustiantes. Por esse motivo, mesmo que seja difícil, se você está passando por um momento de dificuldade, procure alguma atividade, ou hobby, para iniciar. Mesmo que seja complicado começar, comece e não pare, mesmo se a aflição ainda persistir. Com toda certeza ela vai diminuir com o tempo.
É claro que apenas ocupar a mente pode não ser suficiente para tratar os sintomas emocionais, mas é uma ferramenta valiosa. Em muitos casos, a pessoa precisa procurar ajuda profissional, para tratar os motivos que causam a dor.
Se você sente que a sua ansiedade está em um nível muito elevado, procure um profissional de saúde mental. O psicólogo é o profissional indicado para começar o tratamento nesses casos, pois dependendo do nível de ansiedade observado, irá indicar ou não uma médico psiquiatra para um trabalho multidisciplinar.
Nunca esqueça: Você é o único responsável pelas suas escolhas.